terça-feira, 15 de setembro de 2009

fotos do forum

abertura - Claire, Thomas, Erica, Aurelien

abertura - Walter, Beto, Giovana e Marcio

oficina Emmanuel Verite
oficina Os Fofos Encenam


oficina Jakart/Mugiscué

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

COMPANHIA BRASILEIRA DE TEATRO, OS FOFOS ENCENAM (SP) E GRUPOS FRANCESES PARTICIPAM DO FÓRUM TEATRAL FRANÇA BRASIL

Inspirada pela extensa programação cultural do Ano da França no Brasil, a Companhia Brasileira de Teatro vai realizar, de 16 a 23 de agosto, o Fórum Teatral França Brasil. As atividades, com a participação de uma segunda companhia brasileira e duas francesas, incluem oficinas, debates e apresentações abertas ao público em dois espaços: a Casa Hoffman e a sede da companhia brasileira.

Do fórum vão participar, além da anfitriã, a Cia. Os Fofos Encenam, de São Paulo, e dois grupos teatrais jovens e emergentes da cena francesa, o Théâtre de La Tentative e a Compagnie Jakart/ Mugiscué. A reunião destes grupos, explica Marcio Abreu, diretor da Companhia Brasileira de Teatro, se dá por “afinidades na maneira de pensar o teatro produzido hoje, no Brasil e na França, mesmo explorando caminhos estéticos distintos”.

E foi justamente da aproximação do grupo curitibano com os artistas franceses ao longo dos últimos anos que surgiu a idéia da realização do evento. Uma relação que teve início no começo da década a partir de encontros em São Paulo e Paris e que, de lá para cá, frutificou em algumas parcerias individuais de projetos distintos, estreitando as ligações e levando à descoberta de uma forte identificação entre os grupos.

Com o fórum, a proposta é criar um espaço ainda maior para o intercâmbio e aprofundar a discussão e a reflexão sobre as razões artísticas e os caminhos criativos que norteiam a linha de trabalho de cada um. Os organizadores acreditam que é uma forma de dialogar coletivamente e entender como um espetáculo “acontece” a partir dos anos de acúmulo de conhecimentos, escolhas, sensações e intuições de todos os artistas envolvidos, inseridos em culturas muito diferentes.

“Temos vontade de realizar um momento de reflexão, de troca efetiva com estes artistas que convidamos. Será um período de contato direto com o pensamento deles, com diferentes técnicas e abordagens. Trata-se de um grande caldeirão de provocações e novas experiências e uma boa oportunidade para o público se aproximar do teatro por dentro, ver sua problemática e seu processo criativo”, resume Abreu.

Essa oportunidade será dada agora em uma semana de programação, com 3 oficinas abertas (duas com os franceses e uma com a Cia. Os Fofos Encenam), tardes de trabalhos criativos entre os grupos e demonstrações do trabalho do Théâtre de La Tentative e da Compagnie Jakart/ Mugiscué. Também haverá uma mesa-redonda para discutir o tema da releitura dos clássicos, com mediação do pesquisador e professor da UFPR, Walter Lima Torres.

Como a questão da releitura dos clássicos é comum as 4 companhias, uma apresentação coletiva, baseada no trabalho desenvolvido durante a semana, foi programada para encerrar o evento. Será um happening com um tema muito caro aos participantes e ao público interessado em teatro: a obra de Moliére, o dramaturgo, ator e encenador francês considerado um dos mestres da comédia satírica.

Caminhos cruzados

Criada há dez anos pelos diretores Marcio Abreu, Giovana Soar e Nadja Naira, a Companhia Brasileira de Teatro ganhou projeção com o sucesso dos espetáculos “Volta ao dia...”, “Suíte 1” e “Apenas o fim do mundo”, até hoje integrantes do seu repertório. Mas antes mesmo de ingressar no grupo, Giovana Soar teve contato com o diretor Benoît Lambert, criador do Théâtre de La Tentative, a companhia francesa convidada para o evento e que, desde a sua formação, em 1993, já esteve outras vezes no país.

As relações entre os 2 grupos se estreitaram a partir de um encontro em 2004, no Riocenacontemporânea, quando os curitibanos apresentaram 2 espetáculos e os franceses trouxeram a peça “Ça ira quand même”. Conhecida pelo diretor e também pelo ator Emmanuel Vérité – outro fundador da companhia, Giovana Soar foi chamada a colaborar na tradução do texto para o português. “Antes informal, o encontro no fórum será a primeira parceria para concretizar o desejo mútuo de um intercâmbio efetivo”, diz Giovana.

Já a aproximação com as Compagnie Jakart/ Mugiscué, criada em 2002, em Paris, se deu a partir de 2005, depois de um encontro com o diretor Thomas Quillardet. De novo, foi Giovana Soar quem fez a ponte, colaborando num projeto organizado por ele no ano do Brasil na França. As parcerias no projeto Copi, em Curitiba, e no Riocenacontemporânea, em 2007, fortaleceram os laços não só com o grupo curitibano, mas com a cena teatral brasileira. Recentemente, Quillardet estreou no Rio a peça “O Ateliê Voador”, de Valère Novarina, com elenco carioca.

Os caminhos cruzados em festivais, mostras e fóruns também aproximaram os curitibanos dos paulistas da Cia. Os Fofos Encenam, grupo formado em 1992 dentro do curso de Artes Cênicas da Unicamp. Desde o início interessados em pesquisar a natureza da comicidade, em 2001 os integrantes se reencontraram para a montagem de “Deus Sabia de Tudo...”, de Newton Moreno, espetáculo que marcou a transformação do grupo em companhia profissional de teatro de repertório e o projetou.

Teoria e prática

Em meio a tantos encontros casuais no circuito profissional, os artistas dos 4 grupos de teatro há tempos vinham sentindo necessidade de abrir espaço em suas agendas para uma aproximação mais estreita entre coletivos teatrais que tivessem uma busca semelhante na relação com a arte.

“Estas colaborações e trocas foram valiosas e fundamentais em nossas trajetórias. Agora, com a realização deste projeto, pretendemos dar um passo adiante em nossas parcerias e ampliá-las permitindo que o maior número de pessoas e interessados possa ser contagiado”, conclui Marcio Abreu, curador que convidará um jornalista e um pesquisador do teatro contemporâneo para registrar o evento e dialogar com as companhias.

Como a intensa programação do fórum contempla atividades que permitirão aos participantes conhecer as diretrizes dos trabalhos e o que pensa cada um dos coletivos, a expectativa dos organizadores é a de que, na semana entre os dias 16 e 23 de agosto, ocorra um diálogo aberto entre profissionais, estudantes de artes e interessados em geral, com os workshops e a apresentação de espetáculos selando a união da teoria com a prática.

EM COMPANHIA

Quatro companhias de teatro, dois países, uma cidade, diversos artistas e pensadores, um público interessado. São estes os ingredientes escolhidos para a realização deste encontro. Um fórum dedicado ao intercâmbio, à reflexão e à prática do teatro.

Durante oito dias, artistas brasileiros e franceses estarão reunidos em Curitiba, entre si e com o público, para uma série de atividades que envolvem oficinas sobre os repertórios e métodos de cada companhia, demonstrações práticas de trabalho, debates, uma mesa-redonda sobre releitura de clássicos e a criação de um trabalho em conjunto a partir da obra de Moliére.

É da natureza do trabalho teatral o encontro entre artistas e a busca por novas formas de interlocução com o público. O teatro, contemporaneamente, tem o desafio de recriar suas formas, seus temas, sua política e seus sentidos, reaquecendo seus vínculos com a sociedade.

Nessa perspectiva, a companhia brasileira de teatro, seguindo sua trajetória de pesquisa e criação e apostando na alegria e no valor imponderável dos encontros, convida os artistas e o público de Curitiba, a companhia paulistana Os Fofos Encenam, a companhia Jakart/Mugiscué, de Paris e Limoges, o ator Emmanuel Verité, do Theâtre de la Tentative, de Dijon e Paris e o pesquisador carioca Walter Lima Torres para tornar viva e criativa a convivência no Fórum Teatral França-Brasil.

Sejam bem-vindos!

companhia brasileira de teatro